Negociações salariais têm pior resultado desde 2003 no Brasil

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No primeiro semestre de 2016, apenas 24% das negociações observadas pelo DIEESE tiveram reajustes superiores à inflação medida pelo INPC-IBGE (Índice Nacional de Preços ao Consumidor, do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). A maioria dos ganhos situa-se na faixa de 0,01 a 0,5% acima da inflação. Os reajustes que empataram com o INPC representaram 37% das negociações, enquanto 39% ficaram abaixo do índice. É o pior resultado do levantamento, realizado pelo Sistema de Acompanhamento das Contratações Coletivas (SACC) desde 2003.

A variação real média dos reajustes no primeiro semestre foi negativa: 0,50% abaixo da inflação

Setor da economia – Os serviços foi o segmento com mais reajustes acima e abaixo da inflação, 27% e 44%, respectivamente. No Comércio, aumentos reais corresponderam a 26% do painel e negociações com perdas a 39%. A indústria foi o setor em que os trabalhadores tiveram menos ganhos: apenas 21% das negociações conquistaram aumentos acima do INPC, enquanto outras 33% ficaram abaixo do índice e 46% o igualaram.

Por região – No Norte, só 14% das negociações analisadas tiveram aumento real. Nas demais regiões, os reajustes que ultrapassaram a inflação ficaram em torno de 27%.  As regiões Norte e Sudeste registraram as maiores proporções de reajustes abaixo do INPC-IBGE: 57% e 49%, respectivamente. No Nordeste, 43% dos reajustes ficaram abaixo da inflação e no Centro-Oeste, 32%. Na região Sul, 61% das negociações conquistaram reajustes iguais à inflação, 23% acima e 16%, abaixo.

Foram analisadas 304 unidades de negociação, de todo o país. O trabalho foi realizado pelo Sistema de Acompanhamento das Contratações Coletivas (SACC-DIEESE).

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