Para onde vai o Brasil após o Impeachment?

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Se o impeachment se confirmar, Temer assume o governo. Ele chega para defender com todas as forças os interesses do capital financeiro, do empresariado e das elites em geral. O plano “um salto para o futuro”, feito por Temer, não fala em povo, não fala em desenvolvimento. O rumo planejado pelo PMDB (e pelas elites) é o de submissão ao imperialismo, é do enfraquecimento do Estado e, principalmente, do ataque aos trabalhadores com a retirada de direitos. Em resumo, o aprofundamento das políticas liberais.

Quais são os perigos a frente:

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Pauta das entidades empresariais é a retirada de direitos garantidos na CLT (Charge: Vini Oliveira)

No próximo período, poderemos ver o fim da política de aumento real de salário. Isso ignifica que o salário mínimo não terá mais o reajuste acima da inflação, e sequer esse reajuste será dado para os aposentados. Ainda mais, em relação à aposentadoria, já se fala em uma idade mínima que não seja inferior a 65 anos para os homens e 60 anos para as mulheres. A política que Temer irá defender prevê que não seja indexado qualquer benefício ao valor do salário mínimo. Ou seja, desvincular o salário mínimo do valor das aposentadorias. Por isso, quem recebe o mínimo como aposentado poderá ter uma aposentadoria de R$ 800,00 e o salário mínimo ser de R$ 1.000,00.

O plano de Temer também diz: “o governo gasta demais com políticas públicas”. Por isso, quer criar um comitê para analisar os programas sociais. E mais: pretende acabar com a obrigatoriedade mínima legal do gasto com saúde e educação.

Todos nós sabemos: foram os ricos e empresários desse país que patrocinaram este impeachment e eles não vão demorar para cobrar a conta. Que conta é essa? Flexibilizar a CLT. Ou seja, mexer no seu direito ao 13º salário, abono, férias e muito mais. Piorar o valor do trabalho, ou seja, terceirizações à rodo. Vai valer o acordado sobre o legislado. Isso significa acabar com a CLT. Querem que um acordo feito entre o patrão e os trabalhadores possa valer mais do que a Lei, mais que a Constituição, mais que a CLT.

Aí nos perguntamos: e onde tem sindicato pelego, vendido para os patrões? Como fica o trabalhador? Onde tem sindicatos pequenos com pouca força? Como ficam os trabalhadores? Menos direitos, menos conquistas. É para isso que está sendo feito o impeachment.

Aplicar uma política liberal significa entregar o pré-sal para o capital estrangeiro. Significa voltar ao tempo das privatizações, vendendo o patrimônio do povo brasileiro que nós conquistamos a duras penas.

Não adianta alimentar esperanças com um novo governo patrocinado pelos ricos. Não existirá um compromisso com o combate a corrupção. Vai voltar tudo ao engavetador da República, para debaixo do tapete, e nenhuma corrupção será apurada para ser punida.

Se as coisas forem acontecendo como prevê Temer, PMDB e os empresários, veremos um retrocesso na área previdenciária, na área trabalhista, na área social, diminuindo os programas sociais, e também o patrimônio estatal.

Nós somos contra o impeachment planejado e executado pela direita. Ele é um golpe contra o povo, contra a liberdade democrática, contra a educação. Nossa tarefa é a organização da classe trabalhadora para enfrentar a situação e abrir uma saída em direção à abolição da ordem existente.

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