Precisamos falar sobre Greve Geral

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Editorial da edição de julho do informativo do Sinpronorte

Por Milton Zanotto – Presidente do Sinpronorte

O Sinpronorte é um sindicato filiado à CUT – Central Única dos Trabalhadores. Essa filiação não é por acaso. Os desafios de nossa categoria são importantes, mas não podemos perder de vista que a luta da classe trabalhadora é maior e tem ligação direta com os problemas de nossas escolas, academias e universidades. Participar de uma central sindical significa estar em sintonia com a luta de toda a classe trabalhadora. E é por isso que precisamos falar sobre greve geral.

No final de maio, a direção nacional da CUT propôs “construir a greve geral para barrar o golpe”. A primeira palavra de ordem é “Fora, Temer”. Sem dúvidas é uma luta necessária e urgente. O governo do PMDB está correndo contra o relógio para aplicar os mais duros golpes na classe trabalhadora.

Para uma greve alcançar seus objetivos, é necessário que seus protagonistas – a classe trabalhadora – sejam de fato os responsáveis pela construção e organização do movimento. Uma greve geral deve expressar as verdadeiras necessidades dos trabalhadores. Por isso, o “Fora, Temer” é correto, mas só isso não basta.

Uma greve geral que expresse a realidade da classe trabalhadora deve apontar as ameaças reais. Entre os fantasmas nossos de cada dia estão: o desemprego e as demissões em massa; altos índices de inflação; o sucateamento dos serviços públicos como saúde, educação e segurança; e os históricos ataques à previdência realizados desde os anos 90. Somente com as reivindicações corretas a classe trabalhadora sairá as ruas.

É nosso papel de dirigentes sindicais garantir que os trabalhadores em educação tenham um ponto de apoio nesta luta. Não existe razão para o Sinpronorte existir se não for para organizar a luta da classe trabalhadora e levá-la ao poder. Acreditamos, sim, em um governo dos trabalhadores e livre das explorações impostas pelos patrões.

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