Escolas de idiomas: negociação pode ir para dissídio

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Mais uma rodada de negociação se passou sem que os donos das escolas não quisessem ganhar em cima dos trabalhadores. Pela terceira vez, o patronato se negou a conceder reajuste salarial que reponha as perdas, que estão acumuladas em 9,9% (inflação segundo INPC). O sindicato se nega a fechar qualquer negociação que gere prejuízo para os trabalhadores. O período de negociação vai até 14 de dezembro (prorrogação da data-base). Caso os patrões não enviem uma proposta que reponha integralmente a inflação, o Sinpronorte vai partir para o dissídio.

O dissídio é a via jurídica para resolver impasses em negociações entre trabalhadores e empregadores. Quando não há acordo entre as partes, a justiça é acionada para determinar qual decisão seria mais justa. Em geral, as decisões da Justiça do Trabalho costumam definir a reposição da inflação.

A última rodada de negociação, realizada dia 2 de dezembro, foi marcada por uma série de propostas descabidas. As escolas começaram a reunião oferecendo o reajuste parcelado: 5% retroativo a outubro e 4,9% em março. O parcelamento do reajuste é um ataque duplo aos salários.

  • O salário dos trabalhadores já está 9,9% menor do que era em outubro de 2014;
  • De outubro de 2015 a março de 2016 os salários já terão acumulado mais perdas salariais (estimativa de 5%).

 

O preço do feijão, das roupas, do lazer e de tudo aquilo que o trabalhador precisa passa por aumento de preços todos os dias, não só na data-base do trabalhador. Por isso, repor a inflação é o mínimo que as escolas devem fazer.

O Sinpronorte vai aguardar até o limite da prorrogação da data-base por uma nova proposta do sindicato patronal. Se não houver proposta, a negociação será levada para via judicial.

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