Escolas de idiomas se negam a repor a inflação

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Com quase dois meses de atraso começou a negociação salarial com as escolas de idiomas. A direção do Sinpronorte se reuniu na última quarta-feira (18 de novembro) com o sindicato patronal para negociar o reajuste salarial e reajuste dos pisos. O resultado deste primeiro encontro foi, como de costume, muita lamentação por parte dos empresários. O sindicato pede a reposição da inflação (9,9% segundo INPC) e mais ganho real. A data base da categoria é 1º de outubro. O Sinpronorte representa os professores e administrativos das escolas de idiomas de Joinville e região.

A inflação é um índice que indica quanto poder de compra se perde em um determinado período. De outubro de 2014 até outubro de 2015, os trabalhadores perderam quase 10% do poder de compra. Quando o reajuste salarial fica abaixo deste índice, significa que o trabalhador está recebendo menos.

As escolas de idiomas, através do sindicato patronal, planejam sacrificar a renda familiar dos trabalhadores oferecendo um reajuste abaixo da inflação. As escolas aceitam dar o reajuste 1% abaixo da inflação. Segundo o sindicato patronal, “chegou a hora do trabalhador fazer a sua parte para não perder o emprego”.

Para o Sinpronorte, é lamentável a argumentação das escolas que ameaça os trabalhadores. O sindicato é contra qualquer medida que jogue o pagamento da chamada “crise econômica” nas costas do trabalhador.

Outra proposta dos donos das escolas de idiomas é o reajuste proporcional por meses trabalhados. Na sugestão dos patrões, quem trabalha a mais de 12 meses recebe o reajuste integral, e quem está a menos tempo recebe parcial. Esta é mais uma proposta irresponsável, pois gera diferença salarial entre profissionais que exercem as mesmas funções. Segundo as escolas, seria uma forma de “valorizar quem tem mais tempo de serviço”. Ou seja, querem valorizar diminuindo o salário de quem está a pouco tempo. Se as escolas realmente querem valorizar os trabalhadores, poderiam aceitar a reivindicação do pagamento de triênios. Há anos o Sinpronorte solicita a inclusão do triênio, mas os patrões se negam.

A próxima rodada de negociação será no dia 24 de novembro, às 16h30, na sede do Sinpronorte.

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