22/05/2014 “Investir na formação da classe trabalhadora é chave para combater o neoliberalismo”.

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“A CUT entende que o investimento na formação da classe trabalhadora é chave para a construção de um novo modelo de sociedade, uma iniciativa com relevância estratégica na disputa política e ideológica com o capital.  Em tempos de neoliberalismo, onde os economistas e a mídia conservadora se unem por uma pauta regressiva, precisamos nos qualificar para oferecer a nossa alternativa”.

A afirmação foi feita pelo presidente da CUT, Vagner Freitas, no debate promovido pela central estadunidense AFL-CIO, na terça-feira, em Berlim, durante o Congresso da Confederação Sindical Internacional (CSI), que reúne 1.500 delegados e delegadas de 161 países até a próxima sexta-feira na capital alemã.

Na oportunidade, o presidente da AFL-CIO, Richard Trumka denunciou a escalada neoliberal, “de ataques aos direitos dos trabalhadores”, lembrando como novas regras são criadas para beneficiar cada vez mais uma minoria de empresas. Num contexto de intensa disputa contra o retrocesso, declarou Trumka, a ampliação dos investimentos na educação sindical e sua articulação com as mídias sociais são passos inadiáveis para democratizar o conhecimento e potencializar o enfrentamento. O sindicalista estadunidense citou o exemplo positivo da CUT-Brasil no seu relacionamento com a base para defender uma maior aproximação e troca de experiências entre as entidades filiadas à CSI.

De acordo com Vagner, a eleição do professor João Felício, secretário de Relações Internacionais da CUT, para presidir a CSI, possibilitará fazermos uma “revolução na educação” a nível internacional, por todo o acúmulo e experiência que trará à entidade também neste campo.

EXPERIÊNCIAS – Entre outras iniciativas, ressaltou o presidente cutista, a Central desenvolve uma parceria com a Universidade de Campinas (Unicamp), em que lideranças e trabalhadores de base têm aprofundado seus conhecimentos, num curso de mestrado em Economia voltado para o mundo do trabalho.  Com a Universidade Global do Trabalho (Global Labour University – GLU), disse Vagner, há vínculos com as Universidades de Kassel (Alemanha), Joanesburgo (África do Sul), Mumbai (Índia) e da Pensilvânia (Estados Unidos), que oferecem cursos em Economia, Regulação do Trabalho, Direitos Internacionais e Globalização.

Fonte: Leonardo Wexell Severo – CUT Nacional